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Não Adianta sair da Caverna e Continuar na Bolha!

Foto do escritor: DraakhnysDraakhnys

Há mais ou menos um ano a dezoito meses comecei a sentir uma insatisfação maior em relação a trabalhar com a espiritualidade, num primeiro momento achei apenas que estava ligado à algumas clientes, mas isso era apenas uma fuga da realidade de fato.


Então, comecei a me perguntar o que eu gostava, o que eu amava e que poderia trabalhar com isso. Neste momento lembrei-me do meu primeiro vestido que fiz, e que as artes sempre fizeram parte de mim, sempre fui curiosa e um tanto aventureira, querendo conhecer lugares e descobrir coisas novas, lembrei quando minha vó era viva e via ela costurando naquelas máquinas antigas da singer de pedal e a roda, a qual brincava como se fosse o volante de um carro😂. Neste momento cogitei a possibilidade de ser estilista e comecei a estudar moda muito lentamente, afinal eu gosto de criar coisas, e a satisfação que tive quando criei meu primeiro vestido, mesmo sem saber cortar ou costurar, foi uma sensação quase orgástica. E nem é exagero, eu de fato amo trabalhar, por isso é tão importante e vital que eu faça algo que realmente goste e me sinta bem.


As peças começaram a ser reveladas e aos poucos começaram a se encaixar, mas ainda havia muito apego dentro de mim e inconscientemente não queria sair daquela zona de conforto desconfortável, ainda havia muita resistência às mudanças, resistências essas que não era minha e tomei para mim. Mas sentia um incômodo dentro de mim que quanto mais eu ignorava, mais se transformava em raiva, afinal de contas eu mesma estava ignorando e abafando quem eu sou e o que eu queria, como poderia ser diferente?!


Aos poucos fui sendo "obrigada" a aceitar que não poderia mais continuar naquela caverna, que tinha me colocado. E aceitando, lentamente, a realidade de que eu não cabia mais naquela vida, condição, situação e que muito daquilo já não era mais EU, o eu em essência e tudo isso aconteceu no e graças ao meu processo de autoconhecimento e cura emocional.


Hoje, enquanto lia um dos livros de moda que estou estudando e me aprofundando, me veio um desejo de "sair da bolha". Amo música, enquanto leio ou estudo deixo uma música de fundo tocando baixinho, geralmente deixo uma clássica ou celta, sou eclética, mas meu gênero favorito é rock, assim como minha cor favorita é preta e consequentemente sou gótica. Mas, percebi que estava numa bolha, ouvindo as mesmas músicas, com preguiça de procurar músicas novas ou introduzir no meu dia a dia gêneros musicais que já ouvi e gostei como blues e jazz, por exemplo. Sou amante de filmes e séries, e quando fui acadêmica de Direito, assistia muitas séries de Direito como "Suits", e o Harvey, o protagonista da série, ouve esse gênero adorável.


O que quero dizer com tudo isso, é que por vezes compreendemos que estamos numa caverna e aceitamos sair da caverna, mas nem sempre saímos da bolha a qual nos colocamos. Acabei de lembrar que meu primeiro contato com esse gênero, se deu num pub chamado "Mississipi Delta Blues" na serra gaúcha, que se não me engano infelizmente fechou as portas. Quando ouvimos sempre as mesmas pessoas e músicas, vamos sempre aos mesmos lugares, fazemos sempre as mesmas coisas, tornamos nossas vidas mais do que rotineiras, tornamos nossas vidas monótonas e entramos numa bolha, que nos traz uma falsa sensação de segurança, pois o mesmo muro que impede que as coisas ruins passem, também impede que as coisas boas e novidades cheguem até nós.


Não existe um "antigamente o mundo era melhor", e eu tinha essa crença e hábito mental, até compreender que o "antigamente" era porque éramos crianças, e depois porque muita informação era abafada, distorcida ou minimizada. Era só isso!


Absorvemos comportamentos de outros, principalmente daqueles aos quais convivemos mais, seja nossa família, amigos ou colegas próximos. Mas não só comportamentos, como crenças, medos, hábitos, pré-conceitos, gostos e assim por diante.


Moda é uma forma de expressarmos quem somos, como estamos e no que acreditamos. Moda é uma forma de nos comunicarmos com o mundo de forma não verbal, quanto mais estudo moda, mais eu vejo quanto fui ignorante por acreditar que moda era fútil.


Mas, a pergunta que fica e você deveria se fazer é: "Em quais bolhas você ainda se mantém?", "Você saiu de todas as cavernas?" e "Quanto e como tem se autossabotado sem perceber?"


"Ah, mas o que os outros vão pensar?!

Não importa o que os outros vão pensar, cada um de nós temos uma vida que nós devemos cuidar, e olha que dá muito trabalho viu?!😅 Quem vive as consequências das nossas escolhas somos nós, apenas nós. Vemos uma fila para julgar e criticar, mas onde está essa mesma fila para elogiar, ajudar e apoiar?! Enquanto vivemos pelos outros, não saímos do lugar e continuamos estagnadas. Aprendi a observar quem torce por mim, quem fica feliz com as minhas vitórias e quem não, quem me apoia e quem não, numa simples observação consigo ver quem devo ou não manter na minha vida, quem gosta de mim e quem vê somente minha utilidade. E sempre haverá esse tipo de gente, a questão aqui não é ficar com medo do mundo e se esconder numa caverna ou numa bolha, mas o segredo é ter maturidade para lidar com essas situações, compreendendo que nem tudo tem a ver conosco, ainda que possa nos afetar.


Minha escolha profissional não muda em nada minhas crenças espirituais, na verdade acabou por me tirar o cabresto e me fez sair da bolha que estava. Só tenho conseguido ver, perceber, captar tudo isso e muito mais, pois comecei a focar mais em mim e num trabalho de autoanálise e autorreflexão, ao invés de me colocar numa posição de vítima acerca do que os outros me fizeram, ou melhor "do que eu permiti que fizessem". A maturidade e o crescimento são escolhas que fazemos, e isso não significa que será fácil ou as mil maravilhas, pois o universo está dentro de cada um de nós, e a única e melhor maneira de vencer os obstáculos é trabalhar para ser melhor, melhor que os outros? NÃO! Melhor do que a sua versão de ontem. Quando fazemos isso percebemos o quanto as atualizações diárias fazem diferença, a ponto de perceber que passados 5 ou 7 anos, você não é mais a mesma e as pessoas deverão te conhecer novamente.


Se esforce por você!

Foque em você!

Se ame e permita que fique na sua vida somente quem lhe nutre, agrega e é recíproco!

Tudo depende de você!✨️

 
 
 

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